"Nzambi a tu bane nguzu um kukaiela"

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Fragmento do livro "Os Jacobinos Negros" apêndice 'De Toussaint L'Ouverture (p. 350) escrito por C.L.R James (Sugestão do irmão Kwame)

“A voz de Garvey reverberou dentro da própria África. O rei da Suazilândia disse á esposa de Marcus Garvey que conhecia o nome de somente dois homens do mundo ocidental, Jack Johnson, o boxeador que derrotou o branco Jim Jeffries, e Marcus Garvey. Jomo Kenyatta relatou a este escritor que, em 1921, os nacionalistas do Quênia, como não sabiam ler, reuniam-se em volta de um leitor de jornal de Garvey, o Negro World, e escutavam a leitura de um artigo duas ou três vezes. Depois, debandavam pela floresta, para repetir com cuidado tudo o que tinham na memória para os africanos, ávidos por uma doutrina que os libertasse da consciência servil na qual viviam. O dr Nkrumah, estudante de pós-graduação em História e Filosofia em duas universidades norte-americanas, declarou que, entre todos os escritores que influênciaram sua formação, Marcus Garvey está em primeiro lugar. Garvey acreditava que a causa dos africanos e dos povos em ascendência africana era não somente negligênciada como tratada com pouca consideração. Em pouco mais de cinco anos, ele a tinha tornado parte da conciência política mundial. Não conhecia a palavra "Negritude", mas sabia do que se tratava. Teria escolhido o termo com entusiasmo e reclamado sua parternidade com justiça.“

Trecho do livro "Os Jacobinos Negros" apêndice 'De Toussaint L'Ouverture (p. 350) escrito por C. L. R. James

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