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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

"INTRODUÇÃO" de LEGADO ROUBADO (George G. M. James)

CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA GREGA

O termo filosofia Grega, para começar, é um equívoco, pois não há tal filosofia em existência.
Os antigos Egípcios desenvolveram um sistema religioso muito complexo, chamado os Mistérios, que também foi o primeiro sistema de salvação.
Como tal, ele considera o corpo humano como uma prisão da alma, que poderia ser libertada de seus impedimentos corporais, através das disciplinas das Artes e Ciências, e avançar a partir do  nível de um mortal para aquele de um Deus. Esta era a noção de sumo bem [Summum Bonnum] ou bem maior, por qual todos os homens devem aspirar, e também se tornou a base de todos os conceitos éticos. O Sistema de Mistério Egípcio era também uma Ordem Secreta, e
a adesão era adquirida por iniciação e uma promessa de sigilo. O ensino era graduado e
entregue por via oral para o Neófito; e nestas circunstâncias de sigilo, os egípcios
desenvolveram sistemas secretos de escrever e ensinar, e proibiram seus Iniciados de escrever o que tinham aprendido.
Depois de quase cinco mil anos de proibição contra os Gregos, eles foram autorizados a entrar no Egito com o propósito de sua educação. Em primeiro lugar, através da invasão persa e em segundo lugar, através da invasão de Alexandre, o Grande. A partir do sexto século a.C., portanto, com a morte de Aristóteles (322 a.C.) os gregos fizeram o melhor de sua chance de aprender tudo o que podiam sobre cultura Egípcia; a maioria dos alunos recebeu instruções diretamente de Sacerdotes Egípcios, mas após a invasão por Alexandre o Grande, os templos e bibliotecas Reais foram saqueados e pilhados, e a escola de Aristóteles converteu a biblioteca de Alexandria em um centro de pesquisa. Não é de admirar, então, que a produção do número inusitadamente elevado de livros atribuídos a Aristóteles tenha provado uma impossibilidade física, para qualquer único homem dentro de um tempo de vida.
A história da vida de Aristóteles tem feito a ele muito mais mal do que bem, uma vez que evita cuidadosamente qualquer declaração sobre a sua visita ao Egito, quer por sua própria conta ou em companhia de Alexandre o Grande, quando ele invadiu o Egito. Este silêncio da história lança, de uma vez, dúvidas sobre a vida e as realizações de Aristóteles. Ele, é dito ter passado 20 anos sob a tutela de Platão, que é considerado como um Filósofo, no entanto, ele graduou-se como o maior dos Cientistas da Antiguidade. Duas perguntas podem ser feitas (a) Como Platão poderia ensinar Aristóteles o que ele próprio não sabia?
(b) Por que Aristóteles passaria 20 anos com um professor de quem ele não poderia aprender nada? Este pedaço de história parece incrível. Mais uma vez, a fim de evitar suspeitas sobre o extraordinário número de livros atribuído a Aristóteles, a história nos diz que Alexandre o Grande, deu-lhe uma grande soma de dinheiro para conseguir os livros. Aqui, novamente, a
história parece incrível, e três declarações devem ser feitas aqui.
(a) A fim de comprar livros sobre ciência, eles têm de ter estado em circulação, de modo a permitir a Aristóteles obtê-los.
(b) Se os livros estavam em circulação antes de Aristóteles comprá-los, e como ele não é
suposto ter visitado o Egito de todo, então, os livros em questão devem ter sido circulados entre os filósofos Gregos.
(c) Se circularam entre os filósofos Gregos, então podemos esperar que o assunto de tais livros tenha sido conhecido antes da época de Aristóteles, e, conseqüentemente, ele não poderia ser creditado nem com a sua produção, nem com a introdução de novas idéias de ciência.
Outro ponto de interesse considerável para ser contabilizado foi a atitude do governo Ateniense para esta então-chamada Filosofia Grega, a qual era considerada de origem estrangeira e tratada em conformidade. Apenas um breve estudo da história é necessário para mostrar que os filósofos Gregos eram cidadãos indesejáveis, que durante todo o período de
suas investigações foram vítimas de perseguição implacável, nas mãos do governo Ateniense.
Anaxágoras foi preso e exilado; Sócrates foi executado; Platão foi vendido como escravo e Aristóteles foi indiciado e exilado; enquanto o mais antigo de todos, Pitágoras, foi expulso de Crotona na Itália. Podemos nós imaginar os Gregos fazendo uma tal sobre volta, como clamando os próprios ensinamentos que tinham no início perseguido e abertamente rejeitado? Certamente, eles sabiam que estavam usurpando o que nunca tinham produzido, e à medida que entramos passo a passo em nosso estudo, o mais nós vamos descobrir evidências que nos levam à conclusão de que os filósofos Gregos não foram os autores da filosofia Grega, mas os Sacerdotes e Hierofantes Egípcios.
Aristóteles morreu em 322 a.C. não muitos anos depois de ter sido auxiliado por Alexandre o Grande para obter a maior quantidade de livros científicos das Bibliotecas e Templos Reais do Egito.
Apesar, porém, de tão grande tesouro intelectual, a morte de Aristóteles marcou a morte da filosofia entre os Gregos, que não parecem possuir a habilidade natural para o avanço dessas ciências.
Conseqüentemente a história nos informa que os Gregos foram obrigados a fazer um estudo de Ética, que eles também tomaram emprestado do Egípcio “Summum Bonum” ou Maior Bem.
Os dois outros Filósofos Atenienses devem ser mencionados aqui, quero dizer, Sócrates e Platão; que também se tornaram famosos na história como filósofos e grandes pensadores.
Todo menino de escola [school boy] acredita que, quando ele ouve ou lê a prescrição “conhece a ti mesmo”, ele está ouvindo ou lendo palavras que foram proferidas por Sócrates. Mas a verdade é que os templos Egípcios carregavam inscrições na parte externa dirigidas aos neófitos e entre elas estava a prescrição “conhece a ti mesmo” [“Know Thyself”]. Sócrates copiou estas palavras dos templos egípcios, e não foi o autor. Todos os templos de mistérios, dentro e fora do Egito carregavam tais inscrições, assim como os boletins semanais de nossas Igrejas modernas.
Da mesma forma, todo menino de escola [school boy] acredita que quando ele ouve ou lê os nomes das quatro virtudes cardeais, ele está ouvindo ou lendo nomes de virtudes determinadas por Platão. Nada tem sido mais enganoso, pois o Sistema de Mistério Egípcio continha dez virtudes, e a partir desta fonte Platão copiou o que tem sido chamado de quatro virtudes cardeais, justiça, sabedoria, temperança e coragem. Na verdade, é surpreendente como, durante séculos, os Gregos tem sido elogiados pelo mundo ocidental por realizações intelectuais que pertencem, sem dúvida, aos Egípcios ou os povos da África do Norte.
Outra característica notável da filosofia Grega é o fato de que a maioria dos filósofos Gregos usaram os ensinamentos de Pitágoras como seu modelo; e, conseqüentemente, eles não introduziram nenhuma novidade no campo da filosofia.
Incluídas no sistema Pitagórico encontramos as doutrinas de (a) Opostos (b) Harmonia (c) Fogo (d) Mente, uma vez que ela é composta de átomos de fogo, (e) Imortalidade, expressa como transmigração das almas, (f) O Summum Bonum ou o propósito da filosofia. E estas, claro, são refletidas nos sistemas de Heráclito, Parmênides, Demócrito, Sócrates, Platão e Aristóteles.
A próxima coisa que é peculiar sobre a filosofia Grega é a sua utilização na literatura. O Sistema de Mistério Egípcio era a primeira Ordem Secreta da História e a publicação de seus ensinamentos era estritamente proibida. Isto explica por que Iniciados como Sócrates não se comprometeram com escrever sua filosofia, e porque os babilônios e os caldeus que estavam intimamente associados a eles também se abstinham de publicar esses ensinamentos.
Nós podemos ao mesmo tempo ver como era fácil para uma nação ambiciosa e até mesmo invejosa reivindicar um corpo de conhecimento não escrito que os faria grandes aos olhos do mundo primitivo.
O absurdo, no entanto, é facilmente reconhecido quando lembramos que a língua Grega foi usada para traduzir vários sistemas de ensinamentos que os Gregos não poderiam ter sucesso
na reivindicação. Tais eram a tradução de Escrituras Hebraicas para o Grego, chamada Septuaginta; e a tradução dos Evangelhos Cristãos, Atos e as Epístolas, em Grego, ainda chamado de o Novo Testamento Grego.
Somente a filosofia não escrita dos Egípcios traduzida para o Grego, que encontrou com tal destino tão infeliz: um legado roubado pelos Gregos.
Por conta dos motivos já expostos, tenho sido obrigado a lidar com o assunto deste livro, na forma como tem sido tratada a saber:
(a) com uma freqüência de repetição, porque é o método da filosofia Grega, usar um princípio comum para explicar várias doutrinas diferentes, e
(b) a citação e análise de doutrinas, porque é o objeto deste livro estabelecer a origem Egípcia e isso não pode ser feito de forma satisfatória se as doutrinas não estão apresentadas.
Filosofia Grega é um pouco de um drama [is somewhat of a drama], cujos atores chefe foram Alexandre o Grande, Aristóteles e seus sucessores na escola peripatética, e o Imperador Romano Justiniano. Alexander invadiu o Egito e capturou a Biblioteca Real de Alexandria e a saqueou. Aristóteles fez uma biblioteca de sua propriedade com livros saqueados, enquanto sua escola ocupou o prédio e usou-o como um centro de pesquisa. Finalmente, o Imperador
Romano Justiniano aboliu os Templos e escolas de filosofia, ou seja, um outro nome para os Mistérios Egípcios que os Gregos reivindicaram como seu produto, e por conta do que, eles tem sido falsamente elogiados e homenageados por séculos pelo mundo, como os seus maiores filósofos e pensadores.
Esta contribuição para a civilização foi realmente e verdadeiramente feita pelos Egípcios e o Continente Africano, mas não pelos Gregos ou o Continente Europeu.
Às vezes nos perguntamos por que as pessoas de ascendência Africana se encontram na tal situação social que se encontram, mas a resposta é simples o suficiente. Se não fosse por esse drama da filosofia Grega e seus atores, o Continente Africano teria tido uma reputação diferente, e teria gozado de um status de respeito entre as nações do mundo. Esta posição infeliz do Continente Africano e seus povos parece ser o resultado de falsa representação [misrepresentation] sobre a qual a estrutura do preconceito racial foi construída, ou seja, a opinião mundial histórica de que o Continente Africano é atrasado, que seu povo é atrasado, e que sua civilização é também atrasada.
Por fim, a desonestidade no movimento da publicação de uma filosofia Grega, torna-se muito evidente, quando nos referimos ao fato de que, propositadamente chamar o teorema do quadrado da hipotenusa, de o teorema de Pitágoras, tem escondido a verdade durante séculos do mundo, que deveria saber que os Egípcios ensinaram Pitágoras e os Gregos, qual matemática eles sabiam. [what mathematics they knew].
Quero mencionar aqui que, entre os muitos livros os que eu achei úteis no meu trabalho atual estão “A Aventura Intelectual do Homem” [“The Intellectual Adventure of Man“] e “A Religião Egípcia” [“The Egyptian Religion”] pelo professor Henri Frankfort e “O Mundo Mediterrâneo na Antiguidade” [“The Mediterranean World in Ancient Times”], pela Professora Eva Sandford.

"INTRODUÇÃO"  de LEGADO ROUBADO  (George G. M. James)

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